"Cinco anos volvidos, continuamos a apostar nesta single source data como a melhor forma de compreender o consumidor português, mas também como uma ferramenta que nos permite acompanhar tendências, alterações de hábitos e comportamentos dos portugueses, indo ao detalhe da marca e cruzando com outro tipo de informação: Lifestyle e consumo de media.
Uma análise dos dados disponíveis no TGI para os últimos cinco anos permite-nos conhecer o que mudou no consumo dos portugueses, análise que se torna mais relevante numa conjuntura de crise como a que caracteriza o momento actual.
Na esfera do consumo alimentar, observam-se quebras no consumo de determinadas categorias de produtos, como é o caso dos refrigerantes, bombons, bebidas energéticas ou águas com sabores:
E se nos fixarmos no plano das atitudes e comportamentos de compra, são evidentes as alterações de consumo:
Reduz-se de forma acentuada o grupo daqueles que consideravam que valia a pena pagar mais por produtos de qualidade, bem como a percentagem daqueles que referiam que valia a pena pagar mais por produtos biológicos;
Pelo contrário, aumenta a percentagem dos que preferem procurar sempre os artigos com os preços mais baixos, como também aumenta a percentagem dos que declaram fazer habitualmente compras em outlets.
Do ponto de vista atitudinal e comportamental, são visíveis alterações no mind-set do consumidor português, que não é alheio à conjuntura e procura adoptar comportamentos mais racionais, mais ajustados a uma realidade económica e social particularmente adversas:
Diminui o número daqueles que declaram realizar compras por impulso;
Diminui a percentagem daqueles que declaravam comprar roupa a cada nova estação, bem como dos que mencionavam gastar muito dinheiro neste tipo de artigos;
Em contrapartida, aumenta o número dos que declaram utilizar vouchers e talões de desconto, bem como dos que procuram sempre as ofertas promocionais.
O paradigma do consumo em Portugal tem vindo a mudar, no sentido de se ajustar a uma nova realidade particularmente difícil para os consumidores, mas também para as marcas, os anunciantes, os meios, o mercado da publicidade; no fundo, para toda a economia do país e da Europa.
O consumidor português não é indiferente à conjuntura, pelo contrário: aumenta o número daqueles que passaram a dar particular atenção às páginas de economia dos jornais que lêem.
Mas a retracção no consumo é visível, estejamos a falar de produtos de grande consumo, de lazer ou cultura: a compra de livros e DVD´s é exemplo disso, mas também são exemplo as quebras sentidas na restauração, noutros locais de lazer, para já não falar na progressiva substituição, nalgumas categorias alimentares e de higiene pessoal e do lar, das marcas de fabricante pelas marcas próprias de distribuição:
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