Internautas preferem comprar “dentro de portas”

Comprar pela Internet tudo bem mas mais vale ter a empresa por perto...
"O mais recente Painel de Avaliação do Consumo da Comissão Europeia mostra um desfasamento cada vez maior entre o comércio electrónico nacional e aquele que é feito além fronteiras, apesar de existir um potencial evidente nas aquisições em sites estrangeiros, em termos de escolha e de poupança.
Os dados indicam que o número de consumidores que fizeram compras online em sites nacionais em 2010 aumentou dois pontos percentuais face ao ano anterior, subindo para os 36%, mas a percentagem daqueles que compraram em lojas virtuais de outro país não ultrapassou os 9% - mais um ponto percentual do que em 2009.
Embora os valores das compras transfronteiras ainda sejam baixos, o estudo indica que os consumidores têm muito mais confiança nas compras transfronteiras depois de as experimentarem.
Os internautas mostram-se principalmente preocupados com as possíveis fraudes e burlas (62%), com o procedimento a
seguir em caso de problemas (59%) e com atrasos nas entregas (49%) quando compram em lojas online fora do país. Entre
aqueles que experimentaram, estes valores descem para 34%, 30% e 20%, respectivamente.
Entre os consumidores que já fizeram cibercompras além fronteiras, 61% indicam mesmo ter igual confiança quandocompram através da Internet em sites nacionais e internacionais. Na restante população, a percentagem desce para os 33%.
A opinião dos internautas contrasta com os dados apresentados pela Comissão relativamente à qualidade do serviço prestado pelas lojas, onde se refere que apenas 16% das aquisições transfronteiras sofreram atrasos, enquanto entre as nacionais a percentagem é de 18 por cento. Nas compras fora de portas, o produto não foi entregue em 5% dos casos, um valor ainda assim abaixo dos 6% registados nas aquisições em sites do país de residência.
Os responsáveis pelo Painel de Consumo consideram, no entanto, que a maioria dos obstáculos ao comércio electrónico
transfronteiras “está no lado da oferta”, havendo actualmente menos retalhistas com actividades internacionais do que em 2009.
A percentagem de retalhistas que vendem para outros países da UE baixou para 22% em 2010 (25% em 2009), apesar de as vantagens do comércio transfronteiras serem significativas: 56% estimam que mais de 10% das suas vendas de comércio electrónico são realizadas com outros países da UE."

in ACEPI